Saiba como iniciativas da área diminuem emissões de carbono e podem trazer benefícios para o seu bolso
Você já imaginou pagar menos na conta de luz e ainda ter a chance de gerar renda extra? Com a transição energética, isso está se tornando realidade em várias partes do mundo, e o Brasil tem tudo para ser o protagonista desse movimento.
A transição energética é a mudança gradual do uso de combustíveis fósseis para fontes de energia limpa e renovável, como a solar, eólica ou a biomassa. Além de reduzir as emissões de carbono e combater as mudanças climáticas, ela oferece benefícios diretos para cidadãos, empresas e governos.
Casos de sucesso no mundo
Alemanha: com o programa Energiewende, a Alemanha incentiva cidadãos a instalar painéis solares em suas casas. Os consumidores podem vender o excedente de energia gerada para o estado, gerando renda extra e promovendo a democratização da energia.
Portugal: a comunidade de autoconsumo coletivo permite que vizinhos compartilhem a energia gerada por painéis solares em condomínios. Isso reduz custos e fortalece a economia local.
Estados Unidos: em estados como a Califórnia, os consumidores podem se inscrever em programas de créditos energéticos, recebendo descontos ao contribuir com energia limpa para a rede.
E no Brasil?
Com a abundância de sol e vento, nosso país tem um potencial gigantesco. Iniciativas como a Geração Distribuída, regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), já permitem que brasileiros invistam em energias renováveis e compartilhem o excedente com a rede pública, gerando créditos energéticos.
A Lei nº 14.300/2022 é o marco legal da GD no Brasil. Em março de 2023, o país tinha uma potência instalada de 18 GW em GD. Os estados com maior adesão à iniciativa são Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, e a fonte mais utilizada para micro e minigeração distribuída é a solar fotovoltaica.
Um estudo realizado pela consultoria Volt Robotics, a pedido da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), aponta que a geração de energia elétrica por sistemas fotovoltaicos instalados no local de consumo ou em áreas próximas – modelo conhecido como geração distribuída (GD) – pode gerar uma economia líquida de mais de R$ 84,9 bilhões na conta de luz dos brasileiros até 2031.
Essa economia ocorre porque, ao produzir a própria energia com painéis solares, o consumidor reduz a dependência da energia comprada da rede elétrica. Além disso, o excedente de energia gerada pode ser enviado para a rede, gerando créditos que são descontados na conta de luz. Esse modelo também diminui as perdas de energia que acontecem durante o transporte da eletricidade por longas distâncias, o que torna o sistema mais eficiente e reduz custos para todos os usuários do sistema elétrico.
Essa é a hora de repensar o futuro energético do Brasil. A transição energética não é só uma solução ambiental, mas também uma oportunidade para melhorar a vida de milhões de pessoas.
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